Introdução
Os Comandos são uma força de elite do Exército Português, com treino avançado para a realização de operações ou manobras que envolvam alto risco e baixo índice de sucesso, que poderiam ser apenas realizados por uma infantaria altamente qualificada.
Os Comandos nasceram como força especial de contra-guerrilha, correspondendo à necessidade do Exército Português de dispor de unidades especialmente adaptadas a este tipo de guerra com que, em 1961, se viu enfrentada, durante a Guerra do Ultramar. A força destinava-se a:
- realizar acções especiais em território português ou no estrangeiro;
- combater como tropas de infantaria de assalto;
- dotar os altos comandos políticos e militares de uma força capaz de realizar operações irregulares.
Boina Vermelha
O símbolo identificativo das tropas de Comandos do Exército Português mais conhecido é a famosa boina vermelha. Pelo uso deste item de fardamento os Comandos são algumas vezes apelidados de "Boinas Vermelhas". Curiosamente, a boina vermelha não esteve em uso durante a grande maioria da atividade operacional dos Comandos na Guerra do Ultramar, dado que só foi adoptada em 1974. Durante a Guerra do Ultramar, os Comandos utilizaram a boina castanha padrão do Exército Português, com excepção da 3ª Companhia de Comandos que usou uma boina camuflada durante o seu período de serviço na Guiné entre 1966 e 1968.
O Lema
O lema dos Comandos é o verso latino da Eneida de Virgílio: Audaces Fortuna Juvat, que significa "A Sorte Protege os Audazes".
Grito de Guerra
O seu grito de guerra, retirado de uma tribo bantu do Sul de Angola que o usava na cerimónia de entrada na vida adulta é: Mama Sumé!, que em Português significa: Aqui Estamos, Prontos para o Sacrifício!.
Cerimonial
Os Comandos têm vários rituais iniciáticos e cerimoniais, inspirados nas antigas ordens de cavalaria portuguesas. Além desses rituais, os Comandos têm uma forma de marchar própria, diferente das restantes unidades do Exército Português.
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Comandos (Exército) |
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Boina Vermelha |